Page 112 - Património Geomorfológico e Geoconservação
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ATAS / PROCEEDINGS I ENCONTRO LUSO-BRASILEIRO DE PATRIMÓNIO GEOMORFOLÓGICO E GEOCONSERVAÇÃO
4. CONCLUSÃO
Entendendo-se, que uma rota não se pode restringir em traçar apenas um trajeto,
procura-se salientar as diversas dimensões impressas na paisagem (PEDROSA e PEREIRA,
2012; PEDROSA, 2013) e contribuir para a compreensão da interação de fatores que se
encontram na sua génese e evolução. Foram, também, usados critérios de ordem ecológica
designadamente a biodiversidade e o grau de preservação da vegetação autóctone ou de
introdução multissecular, conjuntamente com os fatores relacionados com a singularidade e
conservação da paisagem construída. A rota por si só não constitui uma estratégia de
desenvolvimento eficaz mas pode contribuir para a definição de uma estratégia de
desenvolvimento sustentável. O seu contributo pode ser: i) direto, já que salienta os aspectos
mais importantes de uma área a nível biótico, abiótico e antrópico, permitindo que o turista
compreenda o território e o valorize em todas as suas dimensões; ii) indireto, já que pode ter
influência em diversas outras atividades tradicionais, como gastronomia diferenciada com
produtos locais (eventualmente certificados, como a carne maronesa), tendo como marca a
paisagem cultural em que se inserem (PEREIRA e PEDROSA, 2010; PEDROSA e PEREIRA,
2013). A recuperação de casas vocacionadas para o turismo rural e a promoção da
arquitetura baseada em materiais específicos da região (xisto e granito) contribuem
fortemente para a não desvirtualização das aldeias e para o desenvolvimento local ou
regional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ISBN: 978-989-96462-5-4 102
