Page 147 - Património Geomorfológico e Geoconservação
P. 147


ATAS / PROCEEDINGS I ENCONTRO LUSO-BRASILEIRO DE PATRIMÓNIO GEOMORFOLÓGICO E GEOCONSERVAÇÃO




3. ENQUADRAMENTO GEOMORFOLÓGICO

O sinclinal de Pousos identifica-se claramente em documentos cartográficos,
principalmente quando estes apresentam sobreelevação do relevo, salientando-se como

uma forma bem individualizada na paisagem, por incisão da rede hidrográfica

condicionada pela litologia e estrutura do sinclinal.
Sobressaem dois níveis aplanados, um nível superior a 100 metros, o outro, superior

a 200 metros, constituindo retalhos da plataforma pliocénica, aqui, ligeiramente
inclinada para oeste.

Os blocos silicificados localizam-se a cerca de 150 m de altitude, numa faixa

submeridiana, admitindo-se que materializam a faixa litoral durante o máximo da
incursão marinha pliocénica (RAMOS e CUNHA, 2010).



4. AVALIAÇÃO DA VULNERABILIDADE

Para a avaliação quantitativa da vulnerabilidade dos blocos sedimentares em

análise, enquanto elementos do geopatrimónio, foi seguido o método apresentado em
PEREIRA et al., 2013, tendo-se obtido os índices de vulnerabilidade dos afloramentos

PO1, PO6 e PO7 que constam no quadro I.


Quadro I – Avaliação da vulnerabilidade dos geossítios estudados

Critério
Locais Índice Vulnerabilidade
A B C D E

PO1 e PO2 4 4 2 4 2 340 Elevada
PO6 4 4 2 3 2 325 Elevada

PO7 3 3 2 3 2 270 Moderada



5. DISCUSSÃO, RESULTADOS E CONCLUSÕES

A análise das fácies sedimentares da SLD13 presentes na área de estudo

mostram (RAMOS e CUNHA, 2004; RAMOS, 2008) na base da unidade, associações de
fácies litorais, e, para o topo, associações de fácies aluviais. Nos afloramentos que

contêm blocos silicificados ou de rocha básica, estes blocos encontram-se sobrepostos à

Formação de Bom Sucesso (Paleogénico) e à Formação de Amor (Miocénico médio).





ISBN: 978-989-96462-5-4 137

   142   143   144   145   146   147   148   149   150   151   152